Produção
O Brasil é o maior produtor e consumidor de arroz fora da Ásia. Seu suprimento anual alcança, em média, 15 milhões de toneladas de arroz em casca para atender ao consumo de 12,14 milhões de toneladas. O País integra o Mercado Comum do Sul (Mercosul) com Argentina, Paraguai e Uruguai. Este bloco econômico tem um suprimento médio anual superior a 20 milhões de toneladas de arroz (base casca), dos quais 7 milhões de toneladas são destinados à exportação para terceiros países ou intra-bloco. Esse volume disponível representa 18% do total a ser movimentado pelo comércio internacional em 2013/14.
Nos últimos cinco anos o Brasil exportou a média anual de 1,2 milhão de toneladas de arroz, superando 2,07 milhões de toneladas em 2011, o que comprova a sua eficiência e capacidade logística. Além disso, por suas dimensões continentais e a alta tecnologia empregada nos processos industriais, o País pode ampliar rapidamente a oferta do grão frente à demanda mundial.
Da safra brasileira, cerca de 75% – ou 9 milhões de toneladas – são colhidos no Sul do País, nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em 1,25 milhão de hectares, sob clima subtropical. O sistema de cultivo é irrigado e o rendimento médio de 7,5 mil quilos por hectare de grão longo-fino, do tipo Indica. O cereal para exportação origina-se todo nesta região. O restante da safra nacional, cultivado nas demais regiões, é direcionado ao consumo interno.
Quase 40 mil produtores cultivam perto de 2,4 milhões de hectares por ano, em 500 municípios. A Região Sul concentra 25 mil rizicultores em mais de 200 municípios.
Na safra 2012/13, o Valor Bruto de Produção (VPB) do arroz no País chegou a R$ 8 bilhões, ou quase US$ 4 bilhões. A atividade gera 350 mil empregos diretos e indiretos.
Indústria
Segundo estatísticas oficiais, o Brasil tem mais de 1.100 indústrias processadoras do cereal. Destas, cerca de 70 são consideradas de médio e grande porte, e abastecem 85% do mercado interno. Aproximadamente 40 empresas atuam com exportação, aliando a eficiência no processamento, oferta de múltiplos produtos e adequada capacidade logística para atender às diferentes demandas. Com programas setoriais e qualificação de processos e tecnologias, mais empresas estão se habilitando ao mercado externo.
O Brasil possui uma indústria de arroz altamente qualificada, inovadora e de alto padrão tecnológico, com foco no atendimento diferenciado e eficiente aos mais exigentes padrões de fornecimento internacional de alimentos. As empresas nacionais têm alta flexibilidade no atendimento de especificidades demandadas por consumidores de diferentes países, baseadas em características de logística e consumo
A qualidade do grão brasileiro é um diferencial no comércio mundial, com presença consolidada em mais de 70 países da África, América do Sul, Caribe, Oriente Médio, e Europa.
As vendas externas são proporcionalmente equilibradas entre quebrados de arroz (35%), arroz parboilizado ou integral/esbramado (35%) e arroz branco polido e/ou em casca (30%).
Na última década, o País evoluiu da posição de um entre os 10 maiores importadores mundiais para alcançar o posto de sexto maior exportador em 2011. Essa experiência formou uma moderna e eficiente estrutura comercial, industrial e logística voltada ao mercado internacional. A estabilidade de oferta dá suporte à inserção no comércio mundial, bem como a sua competitividade e tradição no livre comércio.
Fonte: Abiarroz